Um projeto que vem sendo discutido, há cerca de seis anos, começa ter a perspectiva de um resultado bem próximo. O Hortifruti (HF) é o nome de uma inciativa que integra o ato de produzir com o de comprar. Paulo Frontin está no centro dessa discussão, em especial por trabalhar o planejamento dessa cadeia, nesta quinta-feira (26/10), com hortifruticultores.

A ação é o complemento da parte mais importante da cadeia produtiva: o produtor. Isso porque os supermercados demonstram interesse, inclusive, com perspectiva de comprar a partir de janeiro de 2018, HFs da região . O que falta é organizar a produção, dando suporte técnico, e planejar a distribuição regional. Tudo com viés de continuidade.

Entre outras coisas, as hortaliças e frutas precisam ser bem apresentadas, esteticamente e no quesito de qualidade e segurança alimentar. Mas, o que o agricultor questiona é qual o produto que deve produzir.e se há garantia de venda. A resposta vem do supermercado que vai quantificar a quantidade de hortaliças e frutas necessárias. Dessa relação se constrói a cadeia produtiva e consumidora.

A reunião estratégica, de Paulo Frontin, foi para avaliar se os produtores têm esse interesse de participar ou não, dessa logística do HF. Em voga, também, constituir um espaço de recepção, triagem e distribuição de frutas e hortaliças para toda a região. No caso, o município e o governo frontinense tem interesse em ser essa sede e disponibilizar um barracão já existente.

A janela de mercado é bem interessante. Somente sete mercados (ou redes) tem uma estimativa de comprar 450 mil quilos de hortifruti em 2018. Isso é apenas uma parte do que se pode comprar dos agricultores na região. Cabe agora, justamente, este ajuste entre a demanda e a oferta.

O presidente da Associação dos Produtores da Agricultura Familiar de Paulo Frontin (APAFI), Urbano Reisdorfer, sinaliza, em nome dos agricultores que produzem frutas e hortaliças, esse interesse. O grupo municipal atua na venda de hortifruti para escola, num protótipo já em funcionamento que serve de base para expandir para a região, gradativamente, colocando os produtos para o mercado regional.

A reunião desta quinta-feira, no município com cerca de 50 produtores de toda a região, confirma esse interesse. O coordenador regional da Emater, engenheiro agrônomo José Eustáquio Pereira, comemora a articulação da entidade, com secretarias e produtores, para iniciar em breve esse comércio.

“Tem agricultores aqui, que a partir de janeiro de 2018, já poderam entregar seus produtos para os mercados. Enquanto os donos de comércio estão listando os tipos e quantidades de hortaliças e frutas de que necessitam para ofertar em seus estabelecimentos”, comemora.

O prefeito de Paulo Frontin, Sebastião Elias da Silva Neto, participou do início dos trabalhos, saudou os presentes e destacou a importância do trabalho que gera renda aos agricultores, movimenta a economia e barataeia o custo ao consumidor. “Comercializando na região vai ficar mais barato para quem compra, com certeza”, frisa.

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Colaboração: Sidnei Muran