Post
ERVA MATE , UMA ATIVIDADE PRIORITÁRIA DA REGIÃO DA AMSULPAR
Na última terça-feira, 15, estiveram reunidos na sede da Amsulpar secretários do setor da agricultura da região juntamente com a Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), o Núcleo Regional de União da Vitória (SEAB) e o Departamento de Economia Rural (DERAL). A conversa seguiu-se pela tarde e o foco principal entre os técnicos era a situação da erva-mate.
A Erva- Mate é uma das atividades prioritárias, selecionadas em diagnóstico participativo com a população rural, para promover o desenvolvimento rural do Território, o cuidado com esse cultivo é de extrema importância para os municípios que se beneficiam com este recurso natural.
Para o Chefe Regional da SEAB Jair Roberval S. de Mello, o ano que vem vai ser o ano da erva-mate. “Precisávamos desta reunião para ver o que cada município, cada prefeito pensa sobre a cultura da erva-mate. A erva-mate no Paraná no ano de 2014 em termos de valor bruto da produção teve 500 milhões de reais e dois terços da produção do Estado se encontra aqui na nossa região. Então posso dizer com toda a segurança que a nossa região é o maior produtor de erva-mate sombreada do mundo, e Cruz Machado é o maior produtor nosso hoje”, explica. O objetivo da reunião foi entender como cada município esta tratando a erva-mate, a idéia é que todos devem pensar na cultura da erva-mate como uma cadeia produtiva, ou seja, uma forma única de se produzir erva no mundo. “Erva-mate sombreada, sob as matas do Pinheiro da Araucária, só aqui que tem isso, e nós temos que ganhar alguma coisa, falando na forma econômica, porque o Rio Grande do Sul, Argentina, Uruguai se beneficiam da nossa região, vem buscar nossa erva para melhorar a qualidade da deles. Muitas das ervateiras do Rio Grande do Sul que é o maior consumidor de erva-mate hoje no país, faz sua erva com 100% de erva da nossa região. Então nós precisamos tomar uma atitude pra que esse nosso produto seja realmente valorizado”, explica o chefe regional. Ele ainda garante que até fevereiro de 2016 irá acontecer um levantamento em nível de Estado do que realmente existe sobre a erva-mate, para então definir o que em termos de produção deve ser modificado ou acrescentado.
Tratando sobre o planejamento e desenvolvimento da cadeia produtiva da erva-mate na região, o Gerente Regional da EMATER Cleacir Junior Dall Agnol abordou um histórico na reunião. “Os dados sobre a erva-mate já existentes, é notório que a maior produtora de erva-mate sombreada do mundo é a nossa região e que o setor precisa se organizar pra manter esse título, da erva com sabor diferenciado. Então com os secretários a idéia é planejar juntos as ações a serem desenvolvidas a curto, médio e a longo prazo”, explica.
Foi salientada a idéia de promover um curso de longa duração para cerca de 50 técnicos da região para se padronizar a orientação técnica que deve ser prestada aos agricultores na região. “Também uma proposta da existência de um seminário regional ou oficina ou encontro de produtores no ano que vem para fomentar o desenvolvimento da erva-mate na nossa região, para melhorar o potencial da erva através de um diagnóstico e também levar palestras técnicas”, completa Agnol.
Para o técnico da EMATER Rubens Antonio Sieburger Costa a erva-mate comparada com outras culturas desde que bem conduzida acaba produzindo mais que qualquer outra cultura do feijão, soja. E outras. “Temos ervais nativos mas com baixa produtividade em função de não estar usando boas práticas agrícolas, não faz a poda e a colheita adequadamente, se produz pouco. Essa nossa condição climática faz da erva-mate um sabor diferenciado”, conta.
Ele ainda complementa que há dois trabalhos sobre indicação geográfica. “Que é quando junta o produto a uma origem geográfica, então é um produto típico da região, essas indicações geográficas já existem em grande escala na Europa, muitos anos eles trabalham com isso, onde eles caracterizam os produtos pela sua origem, então os nomes dos produtos é o nome da região de origem deles, um queijo na região de Parmeggiana, o vinho da região tal, então o produto produzido naquele espaço, ele tem aquele sabor, então eles atrelam essa situação”, explica o técnico.