Post
Cruz Machado realiza a 7º Festa da Erva-mate

Cruz Machado realiza 7ª Festa da Erva-mate, em busca da IG
A edição de 2018, da Festa da Erva-mate de Cruz Machado, reúne a cidade e visitantes neste final de semana. Iniciada no aniversário de 66 anos do município, dia 14 de dezembro, a festividade segue até este domingo (16/12). Neste sábado, eventos técnicos de orientação aos produtores, shows e recepção de autoridades deram o tom das atividades que seguem neste domingo, na frente da prefeitura.
O presidente da Associação dos Produtores e Apreciadores da Erva-mate de Cruz Machado – Vale do Mate –, João Chavarski, cita a busca da Identificação Geográfica (IG) – Indicação de Procedência (IP) – como linha mestre do trabalho, para manter e melhorar o produto. “Organizar o setor ervateiro de Cruz Machado, junto à industria e aos produtores. Visando a qualidade que é o essencial e hoje, o diferencial”.
Atualmente são 100 milhões de quilos produzidos por ano no município. O presidente analisa de que as ervateiras, na sua maioria, beneficiam erva-mate e levam sem o empacotamento local. A ideia, constituindo a IG, é de fazer com que se permita, apenas, empacotar a erva-mate pronta para o consumo e com selo da IG, somente em Cruz Machado.
A emissão de nota fiscal do produtor, conforme João Chavarski, é outra medida orientada pela entidade que faz com que se saiba o que é produzido e aumente o repasse de recursos para o município. Fundamental, no caso de Cruz Machado, com geografia acidentada e pequenas propriedades rurais. Na sua grande maioria, com produção de erva-mate.
Um dos problemas é a legislação que impede questões como o raleio de matas para melhor produtividade. Obviamente, sem devastar, mas sendo sustentável. O presidente compreende que as leis precisam ser mexidas de forma a permitir essa relação. “Precisamos que nossos deputados federais e estaduais discutam e mudem estas questões para poder expandir a erva-mate”, acrescenta.
O prefeito de Cruz Machado, Euclides (Bibi) Pasa, enumera que são cerca de quatro mil e duzentas propriedades com erva-mate. Destas, segundo ele, em torno de 90% trabalha com erva-mate, sendo importante fonte de renda aos munícipes. Em seu 3º mandato, o prefeito aponta que o fato de ser o maior produtor de erva-mate do Brasil justifica a existência da festa. O objetivo, à frente, é fortalecer a identidade do produto atrelado a imagem da cidade.
Bibi Pasa, também, comemorou a presença do deputado eleito, Emerson Bacil, na 7ª Festa da Erva-mate. “A gente fica muito feliz por ele estar prestigiando a nossa festa. Ele é o único deputado [estadual] na região da Amsulpar [Associação dos Municípios do Sul do Paraná] que se elegeu e com certeza vai atender a nossa região”, frisa.
O novo presidente da Amsulpar e prefeito de União da Vitória, Santin Roveda, foi outro que valorizou a presença do deputado eleito, Emerson Bacil, no evento à quem se referiu como pessoa por quem tem extremo respeito. “Sei que vai ter boas possibilidades e vai nos ajudar muito. É um deputado que vai estar empenhado e olhando por esta região”, frisou.
Santin Roveda disse que sua gestão à frente da Amsulpar visa dar continuidade ao trabalho do atual presidente, Claudinei de Paula Castilho – prefeito de Bituruna. O intuito é justamente o de atuar na gestão pública regional em prol de ações que desenvolvam a região, sendo a erva-mate uma das principais cadeias produtivas que necessitam de apoio. Seguindo o que já foi realizado e trabalhando novas propostas.
Emerson Bacil, neste período entre o término da campanha e início de mandato, está visitando a região e vê na erva-mate um caminho para o desenvolvimento regional. “Temos a matéria-prima e muitas marcas de erva-mate, mas podemos ampliar esta produção e agregar renda ao nosso produto. Temos tudo para fazer acontecer. Chamar atenção para tudo isso e fazer esta produção expandir, com mais desenvolvimento e mais tecnologia”, cita.
Quanto à legislação, o deputado eleito observa que as leis atuais precisam ser revistas, mas, claro, sem incentivar o desmatamento e nem apoiar. “Podemos desenvolver protegendo nossas florestas. O raleamento pode existir, para melhorar o crescimento da erva-mate, sem prejudicar o meio ambiente e para isso as leis precisam ser rediscutidas e reformuladas de forma a não penalizar quem deseja produzir, mas é consciente em preservar o que deve ser preservado”, analisa.
“Eu sou favorável ao desenvolvimento sustentável. Onde precisamos preservar vamos preservar, mas onde podemos plantar temos que plantar. Eu não sou contra e acho que nós temos que preservar, mas da forma que está ai eu não estou vendo que a legislação atual esteja contribuindo para isso”, acrescenta.
Para ilustrar sua compreensão, o futuro parlamentar citou que nas gerações passadas se protegia um pinheiro, como potencial produtor de pinhão e madeira, mas atualmente, infelizmente, a árvore é vista como inimiga da propriedade. Situação que só muda com alteração nas leis, sem agredir o meio ambiente e dentro dos parâmetros de sustentabilidade e devidos cuidado com a natureza.
Emerson Bacil observa, ainda, que há muito a avançar em pesquisa e desenvolvimento de produtos a partir do ouro verde da região. Para tanto, a ideia do seu mandato parlamentar é estar acompanhando os debates, observando as necessidades e, a partir das demandas levantas, tentar trabalhar propostas eficientes que promovam melhorias em toda a cadeia produtiva.
Conteudo: Sidnei Muran
Fotos: Colaboradores
Veja mais

Servidores da região da AMSULPAR participam de oficina sobre orçamento público com foco no Plano Plurianual Municipal

Prefeitos da AMSULPAR participam de reunião inaugural de alinhamento institucional da municipalidade
